terça-feira, 30 de setembro de 2008

CONSUMINDO SONHOS



De um sonho, sonhadores melhores

Antes mesmo
Da própria ciência e da vida
Existe a ânsia pelo novo.

O sabor que tem a vida
Seja ele doce ou amargo
Só se descobre ao tocar dos lábios...

O sabor que tem os sonhos
Sabe-se que é inversamente proporcional, ao tamanho que possui os desenganos
Mas apenas os anos
Saberão dizer o quão firmes e honestas
Foram às ações que praticamos.

O sabor da vida e dos sonhos
Não é dado a nenhum ser humano entender
A vida assim como os sonhos
Detém em si a razão de contrariar
Aqueles que os buscam compreender
Sonhos são palavras soltas
Vida é poesia envolva em mistérios de luar
Vida é poesia! Em volta de algum lugar
E a vida se torna mais rica
Quando mesmo sem nada a ganhar
Deixamos um pouco de lado nossos sonhos
Pois estávamos acordados
Ajudando alguém a sonhar!

Rodrigo Costa Lima

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

SONHAR AO PASSADO


DO NUNCA SE ESQUECER

Ao pensar que tempos atrás era...
Hoje já não sou
Soou o término da festa
Olhem só o que sobrou.

Há pouco tempo
Havia adolescência
E sua doce efervescência
De amores, sonhos e amigos
Dada à intensa convivência.

Hoje não sobra muito
Dos amigos, dos sonhos e da convivência
Cada qual tomou seu destino
Os quais idealizaram ou aqueles por pura conveniência.

Hoje nos fazem falta o carinho e aquela inocência
De amar a vida sem muito pensar nas conseqüências
Éramos felizes juntos
Compartilhando carinhos, sonhos e até essas tão singelas reticências...


Rodrigo Costa Lima

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Para colegas e amigos que tive o prazer e a oportunidade de conhecer durante meu caminhar pelo ensino médio!

sábado, 20 de setembro de 2008

SONHO DE MENINO


Brincando de Se Esconder

Desculpe por não ter respondido ao seu chamado
Estava meio ocupado
Brincando de me esconder...

Já fazia algum tempo
Que procurava o caminho
Que outrora fizera o menino
Quando este buscava se entender.

Procurei o silêncio que guarda os armários
Mas curiosamente lá estava tão apertado
Eu não mais parecia caber ali
Seja em pé ou sentado.

Lembrei-me então da cama
Meu esconderijo secreto!
E por mais que todos tivessem acesso
Construía minha fortaleza de lençóis
Sentia-me tão seguro, mesmo estando apenas coberto.

Percorri toda a casa
Cada cantinho eu vasculhei
Ao final do dia estava exausto, mas ainda sim não me encontrei...

Ao deitar sobre túmulo que outrora me serenava e aquecia
Percebi que o menino apenas se escondia
De quem o maltratava
Não das trapalhadas que vira e meche fazia.

O adulto não!
Ele foge de si e de sua covardia
Foge por não agüentar
As culpas que carrega em sua face triste e amarelecida
Se diz infeliz, mas sua infelicidade é não saber amar e perdoar
Por isso sempre se esconde.

Mal sabe ele
Que esse temor a de acompanhá-lo por onde quer que ande
Até o momento em que decida retirar de sua fronte
Essa capa, essa armadura
Que o fere, fazendo com que jorre sangue.

Quando o adulto entender que para ser feliz
Necessita simplesmente de amar
A de surgir uma luz
E os seus sonhos serão mais uma vez cristalinos
Pois terá reencontrado seu caminho
Sendo levado e guiado pelo seu coração
Materializado em menino.


Rodrigo Costa Lima

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

SONHOS AO RAIAR


Poema do Amanhã

Sinto-me tão só
E o céu se abre diante de mim
Flores desabrocham em meio a algum jardim
Uma leve chuva a cair
E meus olhos encharcados vislumbram o fim.

E a solidão?
É a solidão!
Só então...
Eu comigo
Sem proteção ou abrigo
Sigo entremeando abismos.

Às vezes choro de emoção
É errado fraquejar?
Em outras tantas me acompanha a solidão.

A aurora traz consigo o sol, que ainda insiste em raiar
Sem saber de fato a direção
E o motivo pelo qual caminhar
Me abro sem reservas ao que há por vir
Mesmo que novos cortes cubram minha fronte
Serão essas, marcas de uma existência a passar.

Sinto falta de uma mão a me tocar
Acariciando os cabelos e o rosto
Tocando alma e coração
Fazendo-os fênix dispostos a lutar
Ressurgindo em nós a sensibilidade em viver
Sentindo o quão belo é o brilho do luar
Quando se tem alguém especial com que se possa compartilhar.

Rodrigo Costa Lima

terça-feira, 16 de setembro de 2008

SONHO REAL


MINHA LIBERDADE

Não quero prender ninguém
E nem por isso me perder
Desejo ser eu mesmo
Mas que isso não custe à liberdade de um outro alguém.

Desejo apenas amar
Isso significa tão somente se dar
Pela simples e pura vontade de estar
Sem nada a cobrar.

Isso pra mim é viver
Aproveitar cada instante, cada segundo
Livre para ser
O que eu puder ou quiser ser
Longe de preocupações ou frustrações que me façam sofrer.

Desejo companhia
Não uma constante agonia
Que possa vir a me privar
De transitar entre a mais pura e a mais mundana alegria
Vivendo sem covardia
Aproveitando dia-a-dia
O poder viver essa intensa dicotomia.

Sem amarras em meus pés
Procuro encontrar companhia
Que me faça entender o valor desse dia
Alguém que eu possa chamar de minha
Sem de fato o ser.


Rodrigo Costa Lima


domingo, 7 de setembro de 2008

COISAS DE SONHADOR...



Esperança

As palavras que eu não disse
Sufocam meu coração
E de um adeus repentino
fiz meu destino
Carregando essa decepção.

O olhar não mostra
Os pensamentos tristes...
Quero um colo!
Antes que eu me arrisque
A um corte maior.

Na verdade gostaria de estar com você
Olhar em seus olhos
E lhe dizer baixinho o quanto sua presença me faz bem
Nesse instante choraria...
Choraria compulsoriamente, lembrando toda a sorte
A qual estive submetido
E por vezes perdido.

E se esse momento não chegar?
se esse momento não chegar...
Com certeza a de chegar um momento
Um momento para amar, refletir e novamente sonhar
Pois se esse momento não chegar
Deixarei de ser eu
Pois terei parado de viver
Quando entender que nunca poderei ter você!


Rodrigo Costa Lima

SONHO DE SONHADOR



EU SEMPRE ME LEMBRO

Que seja um escrito dramático, que seja o que for! O fato é que ele se apresenta carregado de uma tristeza sem razão de ser, apenas de existir á longos anos. Persistindo, me agredindo, fazendo lágrimas caírem. E por este vazio, e por esta solidão, venho a tempos escrevendo versos, falando de dor, parte triste, mas inevitável, reservada a quem se entrega verdadeiramente ao amor. Apenas um adeus nunca dado, mortifica meu coração. A duras penas sigo minha solitária odisséia. Onde você estará? Pergunta que me faz sofrer ainda mais. Sempre a faço sem compreender o motivo de nunca esquecer-te. Um espectro pálido a se materializar no espelho, olhos vermelhos a se encostar ao vidro embaçado, melancolia e solidão. Escrevo em meio a um caos de sentimentos, uma agitação profunda, tenho em minhas mãos a máquina do tempo. Faço e refaço viagens mentais, sentindo e pressentindo o futuro. Eu me lembro do que senti, do que não vivi, e por isso me vejo aqui, tentando exorcizar esse fantasma que me atormenta até os sonhos, mas que se materializa em cada palavra que escrevo para expurgá-lo do meu peito. Não culpo a vida por meus erros, ela apenas reflete minhas escolhas, não que eu seja dono do mundo, controlando tudo o que ocorre ao meu redor, mas o que faço e principalmente o que deixo de fazer, repercute diretamente em minha jornada. E o que sobra disso tudo? Dor, solidão e um vazio sem fim... Além de ensinamentos que levarei comigo, e que deixarei não sei para quem. Existe lógica em sofrer por sofrer? Respondo por meio de outra pergunta: Existe então, alguma razão ao amar?


Rodrigo Costa Lima




quarta-feira, 3 de setembro de 2008

SONHO QUE NÃO TEM FIM



Por que?

Enquanto corremos atrás de coisas vãs, nos perdemos de nós mesmos, e já não podemos recuperar o que deixamos de viver, muito menos apagar nossas faltas e culpas. Vivemos a um passo da morte, vivemos diante dela todo tempo, mas não nos damos conta, pois acreditamos ter todo o tempo, para fazer o que deveríamos ter feito. A morte nos rouba o bem mais valioso que possuíamos, as pessoas! Não as sabemos valorizar, como isso é triste! Como seria se soubéssemos o dia de nosso eterno adeus? Creio que seria algo frio demais, sem emoções, já que, viveríamos nos despedindo. Andamos em meio à corda bamba, nossos atos ao final, pesarão bem mais do que podemos compreender. E o que faremos perplexos, diante a irremediável situação? Como reagiremos? Nessas tão temíveis horas, nos damos conta do que poderíamos ter feito. Nos damos conta, de que não levamos nada, e a única coisa que de fato resta, é a lembrança daquilo que um dia fomos. Somos ao final, apenas sentimentos... Diante do último e derradeiro adeus, não nos vale questionar, cabe-nos sim, as desesperadas lágrimas que derramaremos, em nome daquele ser que jamais tornaremos a ver, enquanto habitarmos esse mundo. Se haverá outro mundo? Não nos cabe prever ou duvidar, apesar de serem essas, perguntas latentes. Melhor é viveremos a esperança consoladora da existência de um Deus, que nos carrega em seus braços de pai. Braços esses, que são materializados através de amigos e familiares, deuses imperfeitos, que comungam do mesmo medo da morte, mas que para nossa sorte, existem e nos querem bem, apesar de nossas diferenças. E ao voltar para casa, observaremos aquele vazio, sentindo a ausência ensurdecedora, combinada a falta de palavras, isso nos vai cortar o coração e lágrimas mais uma vez ão de cair. O frio das paredes e dos móveis, o silêncio das roupas que jamais serão usadas novamente, o brilho de uma festa que se apagou, em meio a tudo isso a vida vai se reconstruindo, vivemos vasculhando nos escombros o que ainda sobrou. Forças não se sabe da onde buscamos, mas ainda nos resta a batalha do dia-a-dia. Os amigos e as visitas, farão com que a dor seja fardo suportável e o amor, fará de nós super-heróis frágeis, mas capazes de lutar e vencer, mesmo cobertos de dor. E assim viveremos. Aprendendo a lidar com aquela ausência até que por um descuido qualquer, caiamos da corda bamba e a vida termine, recomeçando logo em seguida, o eterno ritual do não saber dizer adeus.

Rodrigo Costa Lima


(P.S.: Em memória da mãe de uma grande amiga! Que Deus te ilumine e seja sua luz, CONTE SEMPRE CONOSCO VANESSA!)

CONFIAR SONHANDO!






“Não há maior honra para um partido do que sofrer pela sustentação de princípios que ele julga serem justos.” (W.E. Gladstone)

Quando partimos em busca de um ideal, por mais utópico que ele nos possa parecer e isso nos move, sentimos nosso sangue pulsar, ao invés de simplesmente correr, e dessa forma caminhamos! Caminhamos repletos da certeza, de que por mais que as vitórias custem a chegar, elas chegarão! E o seu sabor será de gosto impar e inimaginável, a quem acordou disposto a sonhar e dormiu confiante de que seus sonhos cabiam nas palmas de suas mãos, cabendo somente a ele a capacidade de agarrá-los, mesmo que as pessoas o julguem fraco e incapaz.


Rodrigo Costa Lima