SOBRETUDO
“Olha mamãe o infinito”,
Dizia impacientemente o menino.
A mãe assoberbada
Só via o muroE a sombra da casa.
Mas o menino ainda sim insistia:
“Olha mamãe, as cores do infinito”E acrescentava:
“Olha mamãe, tão lindo!”.
A mãe impaciente
Achava aquilo perca de tempoPura arte de menino birrento.
Já cansado de não ser compreendido
O menino então, lentamente começou a desenhar no muroA mãe surpresa observava com atenção
Pois o muro outrora vazio
Revelava tanta vida com os desenhos do menino
Viam-se flores, corações, pessoas e até um sol
Ele provou ser possível
Contemplar o infinito com o mínimo de carinho e imaginação.
Por fim, a mãe rendeu-se a sabedoria de seu filho
E sentiu que era hora de também revistar seus infinitos
Posto que, a beleza se esconde no “vazio”
Para que apenas corações simples e convictos
Consigam identificar seu encanto e provar seu brilho.
Através daquele pequeno gesto
A mãe reaprendeu a encontrar
E valorizar
Seu tesouro secreto.
Rodrigo Costa Lima
P.S.:
O poeta, testemunha ocular dessa cena
Tomou para si:
"Aquilo que sentimos
Precisamos viver
Para que as pessoas possam enxergar
E finalmente, CRER!".
Poema que fiz pelo aniversário da minha querida e doce amiga Jéssica! Pra você com meu carinho, encanto, sonhos, poesia e emoção!