quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

PAZ, AMOR E SONHOS!

      

      O fato é que na vida, não encontraremos respostas para todas as questões, porém, as perguntas merecem ser feitas. A busca torna a vida plena de significados. Nem sempre responderemos nossas perguntas. O silêncio tem muito a ensinar. Muitas vezes o que fica são aprendizados, experiências, a sabedoria acumulada e a certeza de que a vida segue, até o seu limite natural.

A solidão não é ausência de amor, mas o seu complemento. A solidão não é ausência de companhia, mas o momento em que nossa alma tem liberdade de conversar conosco e nos ajudar a decidir sobre nossas vidas. Portanto, abençoados sejam aqueles que não temem a solidão. Que não se assustam com a própria companhia, que não ficam desesperados em busca de algo com que se preocupar, se divertir ou para julgar. Porque quem nunca está só já não conhece a si mesmo. E quem não conhece a si mesmo passa a temer o vazio. (Paulo Coelho – O Manuscrito Encontrado em Accrã, p. 37,38).

A ânsia por sermos amados nos impede de encontrar paz. Deixar de buscar amor é simplesmente encontrar espaço para vivê-lo. Demasiadas expectativas nos tornam escravos de ilusões, precipitam palavras e ações. Momentos que ocorrem de modo espontâneo e natural. Além disso, as expectativas impedem nossa alma de experimentar o inimaginável, de sermos surpreendidos diariamente em cada gesto de afeto verdadeiro. Sem devaneios ou angústias, é necessário encarar conscientemente a realidade.

Encontrar-se no presente é conciliar-se consigo, reconhecendo limites, necessidades, valores, virtudes, imperfeições. Apostar em si. Encontrar-se no presente é perdoar o passado, aprender com ele e deixá-lo passar. Sossegue, repare cada coisa a seu redor, permita encontrar sua paz interior, sinta o vento passar, tocar sua pele, contemple a natureza, toda sua imensidão e simplicidade. “O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele passa indiferente.”, Mario Quintana. É poético, é sensível, é abstrato, com toda certeza. No entanto, a vida necessita desse olhar, sensível e humanizado, afeito a detalhes que passariam sem significado e valor, mas que desvendam nossos segredos, aumentam nosso mundo.  Desarmar a alma de medos, expectativas, para assim, poder dividir, contemplar, participar, na simplicidade de estar, sem a obrigação de ser.

Ser livre em si mesmo, livre de si mesmo, respirar, chamar a vida para brincar, encará-la de frente, sem medo de amar, para que esse velho mundo, louco, caduco, permita-nos sonhar, beber o olhar, sentir o brilho dos segundos, e assim... recomeçar! Intensidade para luzir e amor para realizar.

Rodrigo Costa Lima

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Aos amigos Sonhadores, uma maravilhosa canção de Pedro Abrunhosa, repleta de sensibilidade e afeto.






Aproveito essa postagem para desejar a todos, um FELIZ ANO NOVO, que 2014 seja repleto de conquistas, realizações, afeto e disposição! Com saúde, coragem e fé o mundo passa a ser do tamanho dos nossos sonhos. Um fraterno abraço, deste Sonhador! Paz e bem a todos, que Deus faça morada em nossos corações.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Dawson'S ONHOS


Olá amigos, paz e bem. Nesse post divido com vocês uma das melhores séries que já assisti. Dawson's Creek.



Ela é a prova cabal de que simplicidade e bom gosto são sinônimos correlatos. O enredo é entremeado por muita sensibilidade, poesia, ingenuidade, amor e questões existenciais. A trilha sonora traz a tona toda carga emocional das cenas. A fotografia complementa essa atmosfera, enunciando conflitos ou destacando-os de modo sutil. O cenário emoldura as passagens, por vezes, no meu ponto de vista, chegando a ser a extensão da alma de algumas personagens. Abaixo alguns exemplos:






O seriado foi exibido entre 1998 e 2003 e retrata as histórias de um grupo de amigos norte-americanos desde o colegial até parte da fase adulta. Isso claro, é pano de fundo para o cotidiano retratado com tamanha profundidade. Essas questões são de ordem técnica, não sou nenhum cronista, elenquei elementos que percebi e fizeram todo sentido na minha percepção do seriado.

Um dos pontos que mais me cativaram tanto, é proximidade real com a qual conhecemos as personagens, em seus gestos, escolhas, dilemas e dramas.










Tema do seriado:



Não consigo expressar com clareza todas as emoções que senti ao assistir Dawson's Creek, nesse momento recordo-me de Mario Quintana: "Não tem porque interpretar um poema. O poema já é uma interpretação". Algumas coisas são mesmo pra sentir. Em suma, através dessa obra pude reviver, recordar um passado não tão distante onde os sentimentos eram valorizados, os olhares compreendidos, inocência e coragem dando forma aos seus ideias. Assim, alimento minha vida do que considero substancial e verdadeiro. Caso tenha se interessado em assistir, segue o link de um site onde vocês encontrarão todas as temporadas: http://www.filmesonlinegratis.net/dawsons-creek-todas-as-temporadas-dublado-legendado.html

Paz e bem a todos, forte abraço, Rodrigo.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

SONHOS PROSCRITOS



Ode Ao Amor

Curar a dor
É o mesmo que desejar
Rasgar o tempo
Incidir sobre os segundos
(Re)unir palavras
Diminuir pausas
Beber o escuro
Florescer no outono.

Bato a porta do silêncio
Sem haver luta,
Saio ferido.
As flores não aquecem
Não percebo a lua
Encontro-me perdido.

As coisas estão em órbita
Giram em torno às palavras
Os olhos precipitam
E o inverno decide cair.

Posso ser
Ou passo a ser
Passa...
Tantas alcunhas caberiam agora
Nenhuma importa
Nada consola.

Trajetória perdidas
Epítetos proscritos,
Da mesma história.

Ao final,
Tudo torna-se aproximações
Dos nossos momentos
Vividos e agora, pouco a pouco esquecidos
Recontados, parecerão retratos
Que nada falam
Aos laços cativos.

Rodrigo Costa Lima