Ode Ao Amor
Curar a dor
É o mesmo que desejar
Rasgar o tempo
Incidir sobre os segundos
(Re)unir palavras
Diminuir pausas
Beber o escuro
Florescer no outono.
Bato a porta do silêncio
Sem haver luta,
Saio ferido.
As flores não aquecem
Não percebo a lua
Encontro-me perdido.
As coisas estão em órbita
Giram em torno às palavras
Os olhos precipitam
E o inverno decide cair.
Posso ser
Ou passo a ser
Passa...
Tantas alcunhas caberiam agora
Nenhuma importa
Nada consola.
Trajetória perdidas
Epítetos proscritos,
Da mesma história.
Ao final,
Tudo torna-se aproximações
Dos nossos momentos
Vividos e agora, pouco a pouco esquecidos
Recontados, parecerão retratos
Que nada falam
Aos laços cativos.
Rodrigo Costa Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário