Vacância
Uma angústia vive dentro de mim
Um caos sem órbita e sem fim
A alma quer tocar o céu azul
O corpo definha em desmedida depreciação.
Eu me soterro e apequeno
Com carga diária de problemas
Ainda luto
Sem saber qual é de fato o caminho
E se isso tudo vale a pena.
Muito agitado e nervoso
Minhas idéias perplexas não encontram exatidão
Os sentidos destruídos
Por tanta falsidade e decepção.
Um mundo carregado e dividido
Carrego desde menino
Em um peito solitário e dolorido
As vozes de criança se calam
Num soluço escondido.
É tanta covardia e apatia
Tantas verdades mal dormidas
Que não acredito
Como pode haver felicidade
Nessa Terra
Nessa vida comedida.
Em meu peito oprimido
Subjazem dor e esperança
Solidão e bonança
E no ópio diário
Amenizo a fé
Em tons de tolerância.
Rodrigo Costa Lima