quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

DELICADEZA



A simplicidade conota pequenez 
Aos olhos fracos
Daquele que vive afoito, com seu egoísmo e estupidez. 


Rodrigo Costa Lima

SONHO, FÉ E LUTA




Eu preciso de sonhos pra sonhar
Como se eu pudesse estar em outro lugar
Me teletransportar
A realidade é muito dura
Insinua um mundo divergente
Em que a gente não consegue propagar o bem
Eu preciso de sonhos em seu luar
Eu preciso da inconstância pra criar
Manter vivos meus ideais e lutar
Meus sonhos, meu caminho, meu lugar.

Ideais sem ações são utopia
Loucura tão insólita e vazia
De quem somente as vive com medo de acordar.

Eu preciso do impreciso
A esperança me faz caminhar
Nessa mesma toada construo direções
Um mundo novo em folha
Ao redor do meu lugar
Não que o mundo seja o todo
Mas um bom exemplo faz a gente acreditar
Então quem sabe seja bobo
Aquele que vive sem sonhar.

Rodrigo Costa Lima

SOM NHAR



Fale-me da balada
Fale-me da euforia
Fale-me até de amor
Mas por favor
Não meça seu erotismo exacerbado
Com meu canto
Meu fado sentimental
Mostre-me sua cantoria
E dar-te-ei a fantasia
Sonhos, entardecer, luas
Lutas, ideais
Mostre-me as tuas pobres rimas
As quais nem se quer raciocinas
E dar-te-ei emoção, inspiração
De compor sem ser vulgar
Ser erótico sem perder a paixão
Mostre-me seus refrões manjados
Sem nenhum pudor
E dar-te-ei respeito, sensibilidade
Fale-me de um tempo que não volta mais
Diga-me estar na contramão
A arte realmente é livre
E ela incide em quem a contempla
Entretanto, causa-me tristeza tamanha contradição
Entre o que é cantado e o que pretendido
Podem ser apenas versos em tantos ritmos
Aparentemente inofensivos
Mas que iluminam vários mundos
Com seus jingles vazios.


Rodrigo Costa Lima