quarta-feira, 17 de novembro de 2010

LÁGRIMAS, SONHOS E SOLIDÃO



A PASSAGEM DO OUTONO POR SETEMBRO

Quem sou afinal?
Pessoas batem a minha porta
E se retiram...
Todas elas me deixam
Vão embora.
Eu permaneço aqui
Estático como o vento
Robusto, triste
A espera de um dado momento.
Eu apenas escrevo
Leio, releio
Mas sinto estar distante do que realmente almejo.
Eu procuro vida
Como um condenado estando preso
O sol que me aquece
É parte, parte do que antes luzia
É parte das lembranças
Daquilo que move e remove a rotina
Neste silencioso degredo.
Eu busco a vida
No instante em que desejo o teu beijo
Uma espera contínua
Onde me perdi
Estou vivo, mas é como se eu não estivesse aqui.
Intolerante, compulsivo
As lágrimas caem e me dizem que estou vivo
Meu coração quer caminhar
Acabar com esse o conflito
A razão nada me ensina
Observa-me só e aflito.
Aqui estou, a criança ante seu medo
O adulto calado, enganado
Magoado
Remói as culpas e quer achar respostas
Amargurado em seus segredos
Repleto de dor
Ele incessantemente abre a porta
E se coloca a espera do amor

Quer ser feliz,
Vê em seu rosto a marca do tempo
Idéias, ideologias
Nada mais que um segundo, um breve respirar
A nostalgia de um momento
Em um rompante de dor e sofrimento
No entanto, sem certezas ou demais explicações
Ele sempre esperou
Uma mão estendida... Seria
Sua eterna redenção.

Rodrigo Costa Lima

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PRESERVAR UM SONHO


Com cerca de dois milhões de quilômetros quadrados e mais de 10 mil espécies de plantas – 45% delas exclusivas dos planaltos centrais brasileiros –, o Cerrado cobre mais de 20% da superfície nacional e alimenta três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul. Abrigando a savana mais rica do mundo em biodiversidade, o Cerrado é, paradoxalmente, uma das áreas naturais mais desprotegidas de nosso planeta. Apenas 1% de sua área está dentro de parques nacionais e unidades de conservação. Como consequência, mais de 48,2% da vegetação original – quase um milhão de quilômetros quadrados (km²) – foram transformadas pela pressão de atividades produtivas como a expansão da soja, pecuária e cana-de-açúcar. Somente nos últimos seis anos, o desmatamento atingiu 127 mil km2 do Cerrado, de acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério do Meio Ambiente.

O atual ritmo de devastação do Cerrado é de cerca de 20 mil km2 por ano - o dobro do da Amazônia, que este ano deve registrar desmatamento inferior a 10 mil km2. Por isso torna-se urgente estabelecer uma estratégia financeira que viabilize a preservação deste bioma tão importante.

Créditos: 
 Manoel Serrão
Gerente do Projeto FUNBIO (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade)
manoel@funbio.org.br
http://www.site.funbio.org.br/teste/OqueFazemos/Solucoes/FundoCerrado.aspx

domingo, 14 de novembro de 2010

MATURANDO SONHOS

"As vezes a gente pensa que está dizendo bobagens e está fazendo poesia."
(Mario Quintana)




VERSOS A QUINTANA



Tic-Tac! Tic-tac!
A eterna sinfonia da vida a passar
Pelos ponteiros do relógio
Mas que graça e leveza possuem
Esses serelepes marca-páginas.




 
Busco o grande amor da minha vida a todo momento
Mas que coisa!
Talvez seja esse o meu grande erro,
Ao invés de deixar que ele simplesmente me encontre.





Há tanta poesia no silêncio
Que nem sempre consigo parar para ouvi-la.





Morreu? Não morreu?
Meu Deus!
Ouço isso sempre angustiado
E fico pensando
Logo serei eu...?





Foi a rima que acabou ou apagaram as luzes?





Os pontos finais realmente terminam uma reflexão?





Mas que magia possuem versos e vinhos? Além de serenar e acalmar ainda nos mostram novos caminhos!

Rodrigo Costa Lima