sexta-feira, 30 de outubro de 2009

SONHOS DE SONHOS




Poema do Sem Fim

Pode ser que os semblantes
Insitam em não revelar o tempo
E os olhares, por estarem distantes
Já não consigam perceber o que existe por dentro.

Pode ser que meus passos deixem marcas
Mas enquanto eu caminhar
Subirei ao alto da montanha
Para ver o que no mundo há.

De certo verei
Tudo quanto possa dizer
E de tanto caminhar
Aprendi meio sem perceber
Que o mais valoroso
Encontro em seu sorriso
Tendo em seus braços repouso seguro
Adormeço tranquilo.

Mas se a lua deixar de brilhar,
E não mais o sol aquecer
Sei que ainda haverá o universo
E mesmo na noite escura 

E no dia frio
Terei o brilho das estrelas
E não será nada sombrio
Ao longo do amanhecer.


Pétala Sena e Rodrigo Costa

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

SONHO DE MIM, EM MIM SEM FIM

Olá! Nunca fui de pedir nada a quem lê os poemas, nossos poemas, porém, hoje farei diferente. Sou adepto da idéia de que um bom poema (se é que existam maus poemas), pede da mesma forma, uma boa música. Eis que com muito carinho, peço que ao lerem o poema a seguir, escutem concomitantemente essa música: Aqualung - Easier To Lie.



Obrigado!


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Divagar...


Deixe eu enterrar meus mortos
Chorar meu passado
Permitir que as coisas sigam seu caminho
Me sinto perdido, caminhando muito
Porém, sempre sozinho...

Deixe,
De lado verei o futuro
Segurei meu rumo
Procurando acertar
Chorando cada erro
Na esperança vigilante de um novo acerto.

Deixe a canção tocar sem sentido
Por horas e horas a fio
Deixe vagar
Por todo o tempo
Mesmo aquele que não possuo
Preciso estar
Aquietar meu coração.

Vagar, de vagar
Devagar
Divagar
Deixe estar
Quieto
Nos braços
Nos laços
Sem haver fim.

Deixe acertar
Aceitar que as coisas sempre mudam
E nos consomem
Deixe eu chorar
Não somos fortes
Somos nuvem solta no céu
Alta, bela, mas impossível de ser tocada
Apenas admirada
E um dia desaparecemos
Com o sol que traz fim, jorrando luz
Aquecendo o dia que se inicia após a madrugada.

Rodrigo Costa Lima