Poema do Sem Fim
Pode ser que os semblantes
Insitam em não revelar o tempo
E os olhares, por estarem distantes
Já não consigam perceber o que existe por dentro.Pode ser que meus passos deixem marcas
Mas enquanto eu caminhar
Subirei ao alto da montanha
Para ver o que no mundo há.
De certo verei
Tudo quanto possa dizer
E de tanto caminhar
Aprendi meio sem perceber
Que o mais valoroso
Encontro em seu sorriso
Tendo em seus braços repouso seguro
Adormeço tranquilo.
Mas se a lua deixar de brilhar,
E não mais o sol aquecer
Sei que ainda haverá o universo
E mesmo na noite escura
E no dia frio
Terei o brilho das estrelas
E não será nada sombrio
Ao longo do amanhecer.
Pétala Sena e Rodrigo Costa