sexta-feira, 15 de outubro de 2010

SONHO DE ADMIRAR



O Menino e a Janela

Todas as noites
Antes de dormir
Leio poemas para a lua
Tão faceira
Ela nem me responde
Em seu brilho, os segredos que esconde.

A lua é bela
Amante inveterada e pura
Empresta-me seus encantos
Sussura em meus ouvidos poesia
Chora comigo, doce pranto
Da-me alegria, paz, alento.

Eu passo a dormir agora
Voltado para a janela
Onde a vista se demora
Contemplo verde e azul:
Uma nuvem que se insinua
E as folhas a farfalhar
Voltado para a janela
Contemplo também a lua
Que passa às vezes por lá.

Rodrigo Costa Lima e [                  ]

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SONHO A ENCONTRAR



Confluência

Sentir a explicação notoria da vida
Via de regra a simplicidade e mais nada
Eu quero correr
Te encontrar
Estar na sua estrada.

No seio dos versos
Nascerá a madrugada
Onde despidos de todo medo, angustia e segredo
Serão fecundos
As feridas e o mundo
Imundo inteiro, aí vamos nós!

Na verdade, estou aqui
Eu posso correr sem me cansar
Mas será que isso me fará sofrer?
Instigante busca incessante
A procura, o encontro, a possível loucura.
A procura encontro na possível loucura...

O futuro a um passo
Logo adiante existe a estrada ou persiste o muro?
Que construo diariamente
Na esperança de me proteger de tudo
Moro e construo este obscuro degredo
Onde a felicidade inisiste em raiar
Neste canto do mundo.

A coragem, vivacidade
Lutarrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
O R final no começo do meu nome
Subsistem no infinitivo inconjugável do viver
Sem complementos, com elementos a serem analisados
Estamos no futuro do presente
A caminho de um final feliz
Onde quem saiba, exista um para sempre
Tal qual os contos de fadas nos ensinaram
Onde o amor nunca morre,
Pois permanece no coração dos homens bons
Eternamente...




Rodrigo Costa Lima





quarta-feira, 6 de outubro de 2010

SONHO FAMILIAR



Meu Cordel

Sou Daniel, tenho 12 anos
Sou brasileiro, moro no centro
E declamo nas feiras de cordel.

Gosto de fazer poesia
Dia, noite, noite e dia
Manhãs ensolaradas.

Dias chuvosos, lua
Cheia ou minguante
Lá estarei eu,
Nas feiras de cordel.

Pendurado no cordão
Vendo livros de montão
como já escrevia o grande valentão
Que veio do sertão.

Terezinha de Fátima

Esse poema foi escrito pela minha mãe, com toda a simplicidade e a sabedoria dos tempos, dedicado a um de seus filhos, meu querido irmão Daniel.