quinta-feira, 28 de agosto de 2008

SONHOS COMPARTILHADOS



AQUELES AMIGOS QUE NOS ARREBATAM...

Aos amigos queridos
Companheiros das horas ingratas
Partilhando os momentos felizes
À mesa de um bar qualquer
Sob o céu estrelado
Filosofando...
Nossas histórias se cruzaram
Pontos de intercessão
Ao ar livre o pensamento toma forma
Mesmo me embriagando lentamente
Permanece a certeza
Do quão valiosos foram cada segundos
Companheiros de copo, de vida e causa...
Para se rir e chorar;
Um estado permanente
De alegria e satisfação,
A certeza final
De uma marca indelével na alma
Ainda que o tempo passe
E estejamos fisicamente separados
Nossos corações sempre estarão unidos
Por laços inquebrantáveis
.


Rômulo


(P.S.: Homenagem deste tão cativante amigo, a outros colegas)

terça-feira, 12 de agosto de 2008

ALÉM DO SONHO


SENTIR

O silêncio dos parques revela
O que o ser humano a muito custo esconde
A solidão que se protela
E assim vamos, já não sei pra onde.

A manhã se desenhava calma
E o sol tocava meu rosto
Por entre as brechas
Que se faziam entre aqueles pequenos ramos.

Estavam ali, crianças a brincar e a correr
E não havia motivo iminente para chorar ou sofrer
A simplicidade e o amor, as convidavam a viver.

Penso que amar seja tão somente o sentir
O sentir a vida pulsar
O sentir ao calar
O sentir ao amar
O sentido é amar
Sem muitos exageros e bajulações
Procuremos encontrar a simplicidade dos sentimentos
E por eles viveremos as mais puras e verdadeiras emoções.



Rodrigo Costa Lima
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*Desenho: (João, 2004 - o parque)

TOCANDO O SONHO



Alaúde

“Às vezes me sinto aquele homem de nenhum lugar
(...) me encontro perdido nesse seu olhar.”
(Aggeu Marques)


Não adianta tentar prever o imprevisível
Muito menos, entender o que nos parece inteligível
As coisas simplesmente acontecem
Que chamem de acaso
Ou entendam por destino
Que diferença isso faz?
Se o mais importante, era que estavas comigo.

Do dia que se fez
O temor e a angústia consumiam-me
Recordando aquele beijo
Meio tímido, complacente
E nos seus olhos um temor aparente
Despertavam em mim carinhos inocentes
Eu apenas cuidava daquele nosso momento
Percorrendo-o intensamente.

E por não saber bem o que fazer ou falar
Recorri à poesia
Face à angústia que me corroia
Buscando versos que contemplassem o que sentia
Mas não os encontrei
Devido ao olhar que me prendia
E a presença de tua doce companhia.




Rodrigo Costa Lima

domingo, 10 de agosto de 2008

SONHAR E COMPARTILHAR





Aos Amigos

Aos amigos
Das noites frias
E dos dias de paz
Agradeço por tê-los comigo
Ensinando-me através de seus pequenos gestos
O que o amor é capaz.

Aos amigos
De feições simples, mas de olhares penetrantes
Seus sorrisos são somente o que preciso
Para fazer de um breve instante
Algo tão importante
E por serem esses, momentos tão simples
Tornaram-se os mais importantes.

Aos amigos
Que certamente tudo me deram
Mas que pouco fiz
Peço desculpas por tão singelas palavras
Mas de certo apenas quis
Agradecê-los por ter sido tão feliz
Pois sem cada um de vocês
Seria apenas flor que se lança ao campo
Sem sua raiz.

Rodrigo Costa Lima

PRIMEIROS SONHOS


A Casa, O Senhor e a Utopia


Quem sopra o vento
Destrói a neblina
Quebrando a rotina
Revelando a colina
Que há tempos não se via
Mas que por ali existia.



E na colina havia uma casinha
Que pela chaminé a fumaça saia
Dando o sinal de vida
Que por vezes não se via
Mas todos sabiam que lá existia.



Essa casinha era simples
Mas de beleza sem precedentes
Sua beleza estava em ser diferente
Em não se assemelhar a nada existente.
Ela acolhia todos aqueles que por lá passavam
Mas raramente recebia visitas
Poucos a freqüentavam
Muitos se quer nem lembravam
Do senhor que lá vivia.



E por isso ele se sentia solitário?
Não...
Aprendeu logo cedo a conviver com a solidão
O que realmente doía
Era a indiferença dos visitantes com sua situação.



Apenas recorriam à moradia
Mas o senhor que lá residia
Era visto apenas como um louco e sua utopia
Pois da maneira mais simples vivia
Isso para ele era sinal de valentia
Pois ao invés de se esconder atrás do sistema e de nossa covardia
Tinha animo e alegria
De levantar a cada dia
E levar a vida da maneira que lhe convinha.


Rodrigo Costa Lima