domingo, 30 de novembro de 2008

SONHOS AO AMANHECER



O Inverso do Ocaso

O dia cobria-se de rosa-lilás
Pequenas partículas de chuva, quase imperceptíveis
Tocavam a cidade
Garoa fina, mas trazia vida em seu breve furor.

Pus-me a caminhar
Por esse ambiente silencioso e vazio
Era tarde, a chuva tocava meu rosto
Havia frio
E a alma se lançava a amplitude do sentir...

Os braços soltos
Os olhos dispersos, perdidos ao horizonte
Um simples mortal experimentando a vida
Em seus pecados e ambições
Por entre seus medos caminhava
E em seu silêncio procurava encontrar explicações.

O sabor do belo, do ocaso das estações
Minha estrela não era de ninguém
Aos pés do céu seguia o meu pensamento
Os meus amigos pensamentos
Eu querendo um mundo melhor
Uma vida que se possa ser , sê inteiro !

Eu encontrei o berço dos meus sonhos
Que eram o destino dos meus amores
Da minha forma de querer abraçar o infinito.




Rodrigo Costa - Alan Caeiro (Poeta dos Montes)

domingo, 23 de novembro de 2008

SONHOS CALMOS



Receita do Bem Viver

Deixa o tempo ruir o silêncio
E a saudade invadir o teu peito
Deixe hoje, o mundo como está
Deixe os olhos enamorarem outro olhar
Deite na grama, hoje é dia de luar.

Festeje cada momento, eles estão sempre a passar
Comece a sorrir ao invés de chorar
Prefira sentir ao invés de falar
Apenas ame sem medo de amar.

E a beleza, onde está?
Vem do saber olhar
De mãos dadas com a criança que há em nós
Pois a felicidade é nossa maior riqueza
Não o contrário,
Ela nos vem da certeza
De termos aproveitado os humildes momentos
Encarando-os de fato, como grandes acontecimentos.


Rodrigo Costa Lima

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

FRAQUEJAR SONHANDO


Súplicas de um Sonhador

Desculpem-me
Se tenho andado pouco otimista ultimamente
Se meus sonhos tornaram-se apenas utopias
Inerentes a um velho inconseqüente.

Desculpem-me
Se essas palavras não são tão concisas e contundentes
Se acho melhor me esconder, buscando não mais sofrer
Porém, sofro ainda mais deixando por viver.

Desculpem-me
Por não estar sendo o melhor amigo
Por andar meio frágil
A procura de abrigo.

Desculpem-me
Se ainda insisto em chorar escondido
Esconder meu sorriso
E ignorar o que por vezes preciso.

Desculpem-me
Por dormir tão tarde
Pelas tantas vezes que fui covarde
Ao não resistir a essa dor que me invade.

Desculpem-me
Por andar sozinho ou calado
E por ser de fato alguém tão sentimental
Mas creio ser esse o caminho
Que me conduzirá a quem sou afinal.






Rodrigo Costa Lima