quarta-feira, 17 de novembro de 2010

LÁGRIMAS, SONHOS E SOLIDÃO



A PASSAGEM DO OUTONO POR SETEMBRO

Quem sou afinal?
Pessoas batem a minha porta
E se retiram...
Todas elas me deixam
Vão embora.
Eu permaneço aqui
Estático como o vento
Robusto, triste
A espera de um dado momento.
Eu apenas escrevo
Leio, releio
Mas sinto estar distante do que realmente almejo.
Eu procuro vida
Como um condenado estando preso
O sol que me aquece
É parte, parte do que antes luzia
É parte das lembranças
Daquilo que move e remove a rotina
Neste silencioso degredo.
Eu busco a vida
No instante em que desejo o teu beijo
Uma espera contínua
Onde me perdi
Estou vivo, mas é como se eu não estivesse aqui.
Intolerante, compulsivo
As lágrimas caem e me dizem que estou vivo
Meu coração quer caminhar
Acabar com esse o conflito
A razão nada me ensina
Observa-me só e aflito.
Aqui estou, a criança ante seu medo
O adulto calado, enganado
Magoado
Remói as culpas e quer achar respostas
Amargurado em seus segredos
Repleto de dor
Ele incessantemente abre a porta
E se coloca a espera do amor

Quer ser feliz,
Vê em seu rosto a marca do tempo
Idéias, ideologias
Nada mais que um segundo, um breve respirar
A nostalgia de um momento
Em um rompante de dor e sofrimento
No entanto, sem certezas ou demais explicações
Ele sempre esperou
Uma mão estendida... Seria
Sua eterna redenção.

Rodrigo Costa Lima

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