
Brincando de Se Esconder
Desculpe por não ter respondido ao seu chamado
Estava meio ocupado
Brincando de me esconder...
Já fazia algum tempo
Que procurava o caminho
Que outrora fizera o menino
Quando este buscava se entender.
Procurei o silêncio que guarda os armários
Mas curiosamente lá estava tão apertado
Eu não mais parecia caber ali
Seja em pé ou sentado.
Lembrei-me então da cama
Meu esconderijo secreto!
E por mais que todos tivessem acesso
Construía minha fortaleza de lençóis
Sentia-me tão seguro, mesmo estando apenas coberto.
Percorri toda a casa
Cada cantinho eu vasculhei
Ao final do dia estava exausto, mas ainda sim não me encontrei...
Ao deitar sobre túmulo que outrora me serenava e aquecia
Percebi que o menino apenas se escondia
De quem o maltratava
Não das trapalhadas que vira e meche fazia.
O adulto não!
Ele foge de si e de sua covardia
Foge por não agüentar
As culpas que carrega em sua face triste e amarelecida
Se diz infeliz, mas sua infelicidade é não saber amar e perdoar
Por isso sempre se esconde.
Mal sabe ele
Que esse temor a de acompanhá-lo por onde quer que ande
Até o momento em que decida retirar de sua fronte
Essa capa, essa armadura
Que o fere, fazendo com que jorre sangue.
Quando o adulto entender que para ser feliz
Necessita simplesmente de amar
A de surgir uma luz
E os seus sonhos serão mais uma vez cristalinos
Pois terá reencontrado seu caminho
Sendo levado e guiado pelo seu coração
Materializado em menino.
Desculpe por não ter respondido ao seu chamado
Estava meio ocupado
Brincando de me esconder...
Já fazia algum tempo
Que procurava o caminho
Que outrora fizera o menino
Quando este buscava se entender.
Procurei o silêncio que guarda os armários
Mas curiosamente lá estava tão apertado
Eu não mais parecia caber ali
Seja em pé ou sentado.
Lembrei-me então da cama
Meu esconderijo secreto!
E por mais que todos tivessem acesso
Construía minha fortaleza de lençóis
Sentia-me tão seguro, mesmo estando apenas coberto.
Percorri toda a casa
Cada cantinho eu vasculhei
Ao final do dia estava exausto, mas ainda sim não me encontrei...
Ao deitar sobre túmulo que outrora me serenava e aquecia
Percebi que o menino apenas se escondia
De quem o maltratava
Não das trapalhadas que vira e meche fazia.
O adulto não!
Ele foge de si e de sua covardia
Foge por não agüentar
As culpas que carrega em sua face triste e amarelecida
Se diz infeliz, mas sua infelicidade é não saber amar e perdoar
Por isso sempre se esconde.
Mal sabe ele
Que esse temor a de acompanhá-lo por onde quer que ande
Até o momento em que decida retirar de sua fronte
Essa capa, essa armadura
Que o fere, fazendo com que jorre sangue.
Quando o adulto entender que para ser feliz
Necessita simplesmente de amar
A de surgir uma luz
E os seus sonhos serão mais uma vez cristalinos
Pois terá reencontrado seu caminho
Sendo levado e guiado pelo seu coração
Materializado em menino.
Rodrigo Costa Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário