domingo, 7 de setembro de 2008

SONHO DE SONHADOR



EU SEMPRE ME LEMBRO

Que seja um escrito dramático, que seja o que for! O fato é que ele se apresenta carregado de uma tristeza sem razão de ser, apenas de existir á longos anos. Persistindo, me agredindo, fazendo lágrimas caírem. E por este vazio, e por esta solidão, venho a tempos escrevendo versos, falando de dor, parte triste, mas inevitável, reservada a quem se entrega verdadeiramente ao amor. Apenas um adeus nunca dado, mortifica meu coração. A duras penas sigo minha solitária odisséia. Onde você estará? Pergunta que me faz sofrer ainda mais. Sempre a faço sem compreender o motivo de nunca esquecer-te. Um espectro pálido a se materializar no espelho, olhos vermelhos a se encostar ao vidro embaçado, melancolia e solidão. Escrevo em meio a um caos de sentimentos, uma agitação profunda, tenho em minhas mãos a máquina do tempo. Faço e refaço viagens mentais, sentindo e pressentindo o futuro. Eu me lembro do que senti, do que não vivi, e por isso me vejo aqui, tentando exorcizar esse fantasma que me atormenta até os sonhos, mas que se materializa em cada palavra que escrevo para expurgá-lo do meu peito. Não culpo a vida por meus erros, ela apenas reflete minhas escolhas, não que eu seja dono do mundo, controlando tudo o que ocorre ao meu redor, mas o que faço e principalmente o que deixo de fazer, repercute diretamente em minha jornada. E o que sobra disso tudo? Dor, solidão e um vazio sem fim... Além de ensinamentos que levarei comigo, e que deixarei não sei para quem. Existe lógica em sofrer por sofrer? Respondo por meio de outra pergunta: Existe então, alguma razão ao amar?


Rodrigo Costa Lima




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