domingo, 22 de junho de 2014

TEMPO PARA SONHAR



Os Olharem Ainda Brilham

Os silêncios do poeta
São arbustos flutuantes
Que tocam o tempo
Sem tanger as horas
E vão embora
Como os instantes
Pra fingir que é verso
O universo
Que transpõe.

Os silêncios do poeta
São abstrações matinais,
Conjuga a paz
E é capaz de viver no mundo
Por um segundo
Sem jamais ter visto a dor.

Asfalto rasgado
Tempo em movimento.

A voz do poeta
É o seu clarim
Clareando o mundo
Emoldurando a vida
E os sonhos futuros.

A maior beleza da vida
Seja ela eterna ou fugaz
É amar
Amar com simplicidade
Na leveza irresistível de cada detalhe
Na pureza encantadora do olhar
No silêncio capaz de nos tocar.

Está além dos gestos
Mas que poucos têm coragem de enxergar
Revelando a razão do tempo
Na cadência (in)constante dos momentos
Partem, chegam sem nos consultar
Feito a poesia,
Nos encanta, inflama e vai

A outros encantar.

Rodrigo Costa Lima

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