terça-feira, 3 de junho de 2014

AMAR PARA SONHAR

                                      


     Não consigo definir o que é vida, mas categoricamente afirmo o que não é. Seja o primeiro ou o segundo lugar, entre ser o melhor ou o pior, honestamente, eu prefiro o ser... O ser humano. Tenho sim, profunda aversão ao ego alheio, tão cheio de si e pobre do outro. Pobre de ser... Como diz a música do Lenine, “eu finjo ter paciência”. Coitados daqueles que se perdem entre as amarras incondicionais de status e classificações. Padecem tão depressa quanto a perda de sua condição “superior” a o do outro. Pobre daquele que para se sentir bem, tem o dever de ficar comparando, afirmando superioridade. Além de deselegante é algo inútil e tacanho, em alguns momentos chega a ser mesquinho.

     Nessa ânsia por aparências, quantificações, diferenciações, perdemos, deixamos passar a essência dos momentos, que são imateriais, em futilidades sem sentido. Ganha-se o ego, perde-se o senso. Prefiro o ser simples, capaz de compartilhar os momentos de alegria ao invés de compará-los a tantos outros.  Tenho pena desses competidores inveterados, travam uma luta silenciosa, com todos aqueles que os rodeiam. Lá estão eles “arrotando” vantagens, ostentando, no linguajar atual. Necessitam reafirmar-se. Não conseguem ser... O humano é mais simples do que as colunas sociais, modismos ou propagandas.


A vida necessita de coração.

Rodrigo Costa Lima

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