Sopro de Vida
Passa o tempo, corre a vida, no embalo do furacão
Vem o vento e leva a vida, no compasso da solidão
Vem o vento e leva a vida, no compasso da solidão
Poderia ser uma brisa, num toque suave de ilusão
Até mesmo uma ventania, voraz, sem compaixão.
Tempo veloz, de memórias alvas, quentes e frias
Perfume delicado de fruta colhida e não mordida
Lembrança de vida passada em eterna melancolia
Opróbrio de desventura, medo de sutil ternura.
Vidas que se cruzam e são devoradas pelo tempo
Tempo cruel, lembranças de venturas não vividas
Calafrios cortam a alma, em angústia sem fim
Gira o mundo, vai a vida, no giro de um tamborim.
Passa o tempo, vem a vida, trajada de esperança
Coberta de vivas cores, despida de insegurança
Bailando ao ritmo tímido de uma harpa angelical
O tempo sopra a vida...
Marina Veloso
P.S.: Tenho o orgulho e satisfação de dividir com vocês o talento da minha amiga Marina, espero que em breve ela volte a publicar neste blog, nos honrando com seus versos e sentimentos. Obrigado Ma!
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