domingo, 17 de junho de 2012

SER E SONHAR




Meu jeito é de te olhar nos olhos, ir lá fundo e beber tua alma. Descobrir teus desejos, acalentar teu medo, segurar tua mão. Meu jeito é de imaginar, te procurar nos escuros, te descobrir nos versos e nos cheiros de cada amanhecer. Em cada nascer, sentimentos que descubro em mim, valiosamente seus. Meu jeito é de sonho e luar. Meu jeito é medo conflitante de saber esperar. Meu jeito é de cativar com a simplicidade dos gestos. Meu jeito é meio sem jeito, de olhar tímido e esperançoso, coração aberto e certo de amar. Meu jeito é convicto e tímido de quem se deixa encontrar. Meu jeito, minha fortaleza tem a força da primavera e a imensidão imperceptível do olhar. Meio jeito, alguns medos, segredos e recordações. Meu jeito alheio ao que passa sem encantar. Meu jeito avesso a tanta maldade. Meu jeito também é razão e respeito. Meu jeito não tem jeito pede caminhadas na chuva, poesia e reflexão. Meu jeito pede pés na estrada, vias em movimento, vidas em construção. Meu jeito pede momentos a só, ensejos do próprio existir. Meu jeito bebe constantemente na sabedoria do silêncio.  Meu jeito não é nenhuma condição é a apenas gostar, é estar por perto sem se notar. Meu jeito é o que não conheço. Meu jeito é o começo...

Rodrigo Costa Lima

2 comentários:

Bianc ' Albuquerque disse...

Que sensibilidade, Rodrigo!
Seus textos são lindos, suas palavras extremamente delicadas e reais.
Adorei! Muito fã! :)

Unknown disse...

Meu jeito talvez seja de baixar os olhos quando tentas me enxergar. Meu jeito é sentir-me segura com o toque e o carinho das suas mãos. Meu jeito é me encntar por me encontrar descrita nos seus versos e prosas. Meu jeito é ansioso e imediato, de quem não consegue esperar pela plenitude. Meu jeito é anseio, vontade, saudade. Meu jeito é querer não ser notada e ao mesmo tempo querer. Meu jeito não é começo, ele é meu próprio fim.