quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

SONHOS VICERAIS



I

Vou te livrar do meu medo
Da minha confortável apatia
Você não será responsável por curar minhas feridas
Por corresponder as minhas expectativas
Ou por ter que aliviar minhas dores
Vou viver a vida
Com todo o gosto, sem melancolia 
Quanto aos dissabores, os enfrentarei sem covardia.

Deixo de lado a constante agonia!

Vou trazer a ti
Minha paz
Minha alegria
Minha risada tranquila
Minha poesia!
Farei valer cada verso
E apenas peço: aproxima-te
De peito aberto, sem nenhuma covardia!
Sorria!
É teu meu bem, este novo dia.

II

Sem previsões
E por isso, vivendo tranquilo
Sem atritos ou frustrações
Saboreando as direções
Desse mundo inteiramente complexo.

Não quero forjar no teu sorriso o meu reflexo
Quero apenas estar por perto
Fazendo-te feliz
Tornar mágico o momento real
E ele, eterno!

Traga então somente alegria
Pra que compartilhar medo e frustração
Reverta toda essa letargia 
Tendo ante aos olhos a maravilha da vida.
AMAR A VIDA.
 
III

O que eu quero não tem peso
Nem preço
Peço evitar os excessos
Sem te olhar ao avesso
Te sentir mais perto.

Tuas culpas
Tuas desculpas
Tuas dúbias insinuações
Em estado adverso
Serão transformadas
Em ânimo, estado completo 
De fulgurante energia
Da qual emanará alegria.  


IV

Não viverei amargo
No âmago do tempo a me consumir
Transferido a outro, a razão dos meus passos
Ao passo que posso ser feliz
Só depende de mim
E no percalço, quando eu te encontrar
Irei apenas sorrir
Para então compartilhar
E enfeitar o teu peito
Bem de leve, ao seu jeito
A alegria que pulsa em mim.

Você não será minha
Não...
Isso é pura ilusão!
Não se pode reter os sentimentos
Ao passo, que a liberdade brilha como a vida
E só pode ser compartilhada, quando dividida
Vivida de corpo inteiro
Desabrochando num beijo
A harmonia desse mesmo ensejo.

V

Você se pergunta: "Isso existe mesmo?"
Eu lhe respondo: Pra que viver ao meio ou a sós,
A vida só é plena quando estamos inteiros
Nitidamente satisfeitos
Do contrário, viveremos ao meio
A meio
Passo de nós.

Rodrigo  Costa Lima


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