quinta-feira, 2 de junho de 2011

CENTÉSIMA POSTAGEM!


 

Como nasce um poeta? De parto normal ou cesária? (rs) Perguntariam alguns engracinhos para não perder a piada. E convenhamos, seria uma ótima pergunta (kkk). Entretanto, não sei! No meu caso foi a junção entre a loucura do meu pai e a sensibilidade da minha mãe. Agradeço a todos a atenção e carinho! Forte abraço!!!
Rodrigo!

-Nem Sempre Sou Igual no que Digo e Escrevo

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés —
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXIX"
Heterónimo de Fernando Pessoa


Um comentário:

Giselle Lukashevich Braga disse...

Tudo muito sensível e amoroso. Cada palavra dita, cada música escolhida, cada poesia... sua intenção soa tão simples: amar! Você é uma pessoa capaz de amar. E isso é lindo de se ver!