domingo, 17 de janeiro de 2010

SONHO INTENSO, INTENSAMENTE SONHAR




Poema Dilacerante

Tenho sentado, esperado
Feito o meu melhor
Seguindo, perdido
Estando só
Indo a diante
Sem saber se o horizonte
Será melhor ou pior...

Tenho tentado esperar
Não me enganar
Viver e estar aberto para amar
Mas não consigo
O medo inflama minha alma
Indo a mercê da sorte
Na esperança de reencontrar o que me movia
Meu rumo, meu norte.

Eu me lanço, pergunto
Ouço, finjo não me importar
Eu continuo
Mesmo sem saber
Sem querer
Estando fraco
Choro, em silêncio imploro
Um sorriso distante
Uma mão que me alcance
E se irei
Onde estou?

Tenho em mim a graça da vida
Preservo a poesia
Mesmo que marcas evidenciem as feridas
E delas surjam palavras tristes
Ceifadas do momento em que eram felizes e altivas
Mas não hei de sucumbir em chamas
Tenho meus sonhos, meu coração, minhas lágrimas
Minha esperança, meu abrigo
Tenho aqueles que amo,
Minha família, meus amores, meus amigos.

Eu irei!
Mesmo que fraqueje
Que chore, que siga sempre só
Conseguirei!
Suportando toda a dor
De um poeta solitário
Que tomou os sentimentos nas mãos e soluçou de amor
Estou convicto
De que onde pise, onde for
Meus sonhos serão meus
Mas meu coração,
Este nunca me pertenceu...

Rodrigo Costa Lima

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi Rodrigo,
leio o seu "poema dilacerante" com o fundo musical "A Rita", de Chico, e fico pensando na tristeza e alegria que envolvem essas duas composições que se casam tão bem.
Mais uma vez parabéns pelos versos que me ecantam.

Abs.,
Claudia.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Meus sonhos sempre moraram em mim
Enquanto meu coração buscou outra moradia
Você sendo esse abrigo, eu sorria
Tinha certeza que ele estava seguro
Nunca confiaria meu coração a tão melhor companhia.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.