domingo, 10 de agosto de 2008

PRIMEIROS SONHOS


A Casa, O Senhor e a Utopia


Quem sopra o vento
Destrói a neblina
Quebrando a rotina
Revelando a colina
Que há tempos não se via
Mas que por ali existia.



E na colina havia uma casinha
Que pela chaminé a fumaça saia
Dando o sinal de vida
Que por vezes não se via
Mas todos sabiam que lá existia.



Essa casinha era simples
Mas de beleza sem precedentes
Sua beleza estava em ser diferente
Em não se assemelhar a nada existente.
Ela acolhia todos aqueles que por lá passavam
Mas raramente recebia visitas
Poucos a freqüentavam
Muitos se quer nem lembravam
Do senhor que lá vivia.



E por isso ele se sentia solitário?
Não...
Aprendeu logo cedo a conviver com a solidão
O que realmente doía
Era a indiferença dos visitantes com sua situação.



Apenas recorriam à moradia
Mas o senhor que lá residia
Era visto apenas como um louco e sua utopia
Pois da maneira mais simples vivia
Isso para ele era sinal de valentia
Pois ao invés de se esconder atrás do sistema e de nossa covardia
Tinha animo e alegria
De levantar a cada dia
E levar a vida da maneira que lhe convinha.


Rodrigo Costa Lima


Um comentário:

Karolzinha!! disse...

Oie!!
poemas muito profundos os seus
está de parabens
gostei muito
:)